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quinta-feira, 9 de junho de 2011

4º Dia de Trabalho

Visita à Sede da UIC

Este dia de trabalho foi dedicado à visita à Sede da União Italiana de Cegos, onde fomos recebidos pelo Secretário Geral, Dr. Orlando Paladino.
O Dr. Paladino contextualizou-nos sobre a História e contexto de formação da UCI, assim como o atual funcionamento desta Associação.
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Reunião na Sede da UIC, com o Dr. Orlando Paladino


Cultura e Lazer
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Colagem de fotografias de alguns sítios por onde andámos, neste dia...
Em traços gerais, aqui ficam algumas das informações recolhidas neste dia. A UCI surge como uma associação que procura dar resposta às necessidades de um elevado número de mutilados da Guerra, tornando-se nos anos 1950 tornou-se uma entidade pública (coincidindo com o período em que ocorreu a marcha de Florença a Roma para lutar pelos direitos e apoios às pessoas cegas e amblíopes). Atualmente a União é novamente uma entidade privada, com uma estrutura piramidal, em que as estruturas distritais têm uma grande autonomia em relação aos serviços centrais.
Atualmente representa todos os cegos e amblíopes, inscritos ou não inscritos na associação e é constituída por um presidente e 20 concelheiros que são eleitos de 4 em 4 anos pela assembleia nacional (constituída pelos presidentes das 22 regiões e 20 presidentes de província). O nº de delegados locais na assembleia nacional representa o nº de sócios de cada associação local e/ou regional.
O financiamento da união é feito através de:
  • Quotas dos sócios (50€ ano, sendo que 30€ são para a secção provincial, 10€ para a regional e 10€ para a nacional)
  • Os órgãos regionais contribuem com valor €
  • Contribuições de sócios
  • Projetos financiados nacionalmente pelo estado
  • Projetos de financiamento europeu
  • Lotaria provincial
  • Recolhas públicas
  • Receita do centro de transcrição braille para as escolas
  • Receita de pequeno centro de material tiflotécnico (equipamentos, ajudas técnicas e acessórios adaptados)
Foram-nos apresentadas as funções prioritárias da União: representação da pessoa cega e amblíope, desenvolvimento de atividades de reabilitação e formação; assistência escolar domiciliária e apoio escolar especializado; reprodução, tradução e publicação de livros em braille e mp3; publicação de materiais adaptados; entre outras.
Foram abordadas questões relacionadas com a orientação política e legislação em vigor, no que se refere à formação e integração profissional da pessoa cega e amblíope, nomeadamente aspectos como as quotas de 7% de telefonistas cegos em empresas com apoio ou serviços telefónicos (nomeadamente cal centres), que representa, tal como em Portugal, uma elevada percentagem de empregabilidade de pessoas cegas ou as dificuldades que se sentem atualmente na integração de cegos no mercado de trabalho.
Foram referidas outras áreas de integração de cegos no mercado de trabalho:
  • Fisioterapeutas / massagistas – que fazem atualmente a formação em escola pública de fisioterapia (já não existe formação em formação profissional nesta área);
  • Programadores Informáticos – a formação específica para cegos é feita no Instituto Cavazza (Bologna). Abrange formação ao nível de trabalho administrativo;
  • Músicos e professores de música
  • Advogados e professores de disciplinas teóricas – formação feita no ensino superior integrados no ensino regular.
No que se refere a poio estatal, a pessoa cega recebe do estado um valor pecuniário que varia entre 200 e 800€, dependendo o valor atribuída do nível de deficiência: se é cego ou amblíope e dos rendimentos anuais da pessoa a atribuir a pensão.
Foram ainda abordados com o Dr Paladino alguns aspectos relacionados com a educação da criança cega. Atualmente em Itália observa-se a mesma situação que em Portugal: com a aplicação do Ensino Integrado, as crianças cegas passaram a ser integradas no ensino regular, deixando de existir estabelecimentos de formação especializada para a educação de cegos. A questão é que no ensino integrado se verifica que não existem os apoios necessários para a adequada intervenção especifica necessária (em algumas áreas de escolaridade e integração social e escolar) e que os professores ou técnicos que providenciam esses apoios especiais não tem uma preparação apropriada para que sejam asseguradas essas áreas específicas por exemplo áreas de braille ou de orientação e mobilidade.